Prevalência e impacto da incontinência urinária na qualidade de vida da mulher

Autores

  • Ana Isabel Silva 1Interna de MGF, USF Nova Salus
  • Carla Almeida 2Interna de MGF, USF Famílias
  • Hélder Aguiar 3Interno de MGF, USF Vale do Vouga
  • Margarida Neves 4Interna de MGF, USF Calâmbriga
  • Maria João Teles 5Interna de MGF, USF Camélias

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v29i6.11197

Palavras-chave:

Incontinência Urinária, Mulher, Qualidade de Vida

Resumo

Objetivos: A incontinência urinária é um problema de saúde com repercussões multidimensionais que interferem negativamente na qualidade de vida das mulheres. É frequentemente subdiagnosticada e não tratada. Neste sentido, pretende-se determinar a prevalência da incontinência urinária, avaliar o impacto desta patologia na qualidade de vida e a sua eventual associação com fatores epidemiológicos. Tipo de Estudo: transversal analítico. Local: unidades funcionais onde trabalham os autores. População: amostra de 1.918 mulheres com mais de 40 anos. Métodos: As variáveis estudadas foram: idade, estado civil, escolaridade, índice de massa corporal, número de filhos, tipo de incontinência, duração, referência do problema ao médico e sua orientação. O impacto na qualidade de vida foi avaliado através do questionário CONTILIFE©. A análise estatística foi realizada pelo programa SPSS 20.0®. Usaram-se como testes paramétricos o teste t Student e a correlação de Pearson e como teste não paramétrico o método de Spearman. Adotou-se um nível de significância estatística de (p < 0,05). Resultados: Das 1.291 mulheres inquiridas (idade média 60 anos), 23% tinham incontinência e a sua qualidade de vida global foi diminuída para 6,7 (em 10). O impacto na qualidade de vida aumenta (p < 0,05) com o índice de massa corporal e com o número de partos. Das 38% mulheres com incontinência que abordaram esta questão com o seu médico de família (MF), 66% tiveram uma orientação (farmacológica ou outra, como referenciação). A abordagem do problema com o MF associou-se de forma direta às mulheres com maior impacto negativo (p < 0,001) na qualidade de vida. Conclusão: Este estudo demonstra que, embora tendo uma prevalência elevada e com forte impacto na qualidade de vida, apenas cerca de 1/3 das mulheres com incontinência urinária aborda esta problemática com o seu médico, sendo que 2/3 obtêm uma orientação – farmacológica ou outra como referenciação.

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Publicado

2013-11-01

Como Citar

Silva, A. I., Almeida, C., Aguiar, H., Neves, M., & Teles, M. J. (2013). Prevalência e impacto da incontinência urinária na qualidade de vida da mulher. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 29(6), 364–76. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v29i6.11197

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