Avaliação do conhecimento sobre a utilização de inaladores entre médicos e profissionais de farmácia dos Açores

Autores

  • Sofia Correia Médica interna de Medicina Geral e Familiar, Unidade de Saúde de Ilha de São Miguel
  • Fábio Luz Médico interno de Medicina Geral e Familiar, Unidade de Saúde da Ilha Terceira
  • Vanessa Amaral Médica interna de Medicina Geral e Familiar, Unidade de Saúde da Ilha do Pico
  • Adelino Dias Assistente Graduado Sénior de Medicina Geral e Familiar, Unidade de Saúde de Ilha de São Miguel
  • Telma Miragaia Médica interna de Medicina Geral e Familiar, Unidade de Saúde de Ilha de São Miguel

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v31i1.11427

Palavras-chave:

Dispositivos Inalatórios, Técnica Inalatória, Arquipélago dos Açores.

Resumo

Objetivos: Avaliar a demonstração prática e a descrição oral da utilização do inalador pressurizado e inalador em pó seco de médicos e profissionais de farmácia. Tipo de estudo: Observacional, multicêntrico, analítico, transversal. Local: Centros de saúde, serviços de pediatria e medicina interna e farmácias de quatro ilhas dos Açores. População: Médicos e profissionais de farmácia. Métodos: Nos médicos foi efetuado um censo da população, enquanto nos profissionais de farmácia foi feita uma amostra de conveniência. Os profissionais simularam o uso de dois dispositivos inalatórios e os autores verificaram o cumprimento de cada etapa numa checklist. Para a análise dos dados foi utilizada a regressão logística binária. Resultados: Participaram no estudo 45 profissionais de farmácia, 91 médicos de família, 26 internistas e 19 pediatras com idade média de 40,8 anos (±12,2), 66,9% (121) eram mulheres. Cinco (2,8%) demonstraram corretamente a técnica inalatória de ambos os dispositivos. As etapas em que mais erraram foram: a expiração máxima antes da inalação, suster a respiração pelo menos cinco segundos em ambos os inaladores, lavar a boca com água e agitar o inalador pressurizado antes de usar. No inalador pressurizado, um conhecimento pobre da técnica inalatória está relacionado com o facto de ser profissional de farmácia (OR=4,94), idade entre 51 e 65 anos (OR=5,95) e explicar “às vezes, nem sempre ou nunca” a técnica (OR=3,63). Relativamente ao inalador pó seco observou-se que ter um conhecimento pobre da técnica inalatória está associado com o facto de ser profissional de farmácia (OR=3,51), internista (OR=6,55), idade entre 36 e 50 anos (OR=3,68), 51 e 65 anos (OR=11,44) e exercer na ilha do Faial (OR=15,98). Conclusões: A maioria dos profissionais de saúde falha na explicação de várias etapas essenciais para o uso correto dos dispositivos inalatórios.

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Publicado

2015-01-01

Como Citar

Correia, S., Luz, F., Amaral, V., Dias, A., & Miragaia, T. (2015). Avaliação do conhecimento sobre a utilização de inaladores entre médicos e profissionais de farmácia dos Açores. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 31(1), 14–22. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v31i1.11427