Benzodiazepinas - Prevalência de prescrição e concordância com os motivos de consumo

Autores

  • Susana Cadilhe Interna de Medicina Geral e Familiar USF - Horizonte/Centro de Saúde de Matosinhos

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v20i2.10025

Palavras-chave:

Consumo, Benzodiazepinas, Prevalência, Prescrição

Resumo

Enquadramento: Portugal tornou-se na última década o terceiro consumidor europeu de benzodiazepinas (BZ). A origem da sua prescrição é em 56% dos casos da responsabilidade do médico de família. Objectivos: Determinar a prevalência de prescrição de BZ. Descrever as BZ prescritas e as características sócio-demográficas dos consumidores. Avaliar a concordância entre os principais motivos de consumo referidos pelo utente e os motivos da prescrição médica. Métodos: Realizou-se um estudo analítico na população de utentes inscritos na USF Horizonte, com idade igual ou superior a 18 anos. Seleccionou-se uma amostra aleatória (n=1.000). Estudou-se a relação entre a prescrição de BZ e idade, sexo, estado civil, situação profissional, escolaridade e número de consultas/contactos com a USF em 2001. Determinou-se quais as BZ prescritas, motivos de prescrição e de consumo. Avaliou-se a concordância entre os motivos de consumo apontados pelo utente e os motivos de prescrição médica. Resultados e discussão: A prevalência de prescrição de BZ no ano 2001 foi de 14,8%, sendo sobreponível à encontrada noutros países. Concordante com a bibliografia é também a preponderância do sexo feminino, o aumento com a idade e os motivos de consumo e prescrição (ansiedade, perturbação do sono e depressão). A concordância entre o motivo referido pelo doente para o consumo e o motivo pelo qual o médico prescreve a BZ foi nula para a ansiedade e ligeira para a perturbação do sono e depressão. Estes resultados não foram objecto de análise ou investigação anteriormente.

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Publicado

2004-03-01

Como Citar

Cadilhe, S. (2004). Benzodiazepinas - Prevalência de prescrição e concordância com os motivos de consumo. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 20(2), 193–202. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v20i2.10025

Edição

Secção

Investigação Original