Incontinência urinária feminina

Autores

  • Benedita Graça Moura Interna Complementar do 1º ano de Medicina Geral e Familiar Centro de Saúde da Senhora da Hora

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v21i1.10106

Palavras-chave:

Incontinência Urinária, Prevalência, Comunicação, Feminino

Resumo

Introdução: A Incontinência Urinária (IU) é um problema com implicações importantes. Tem uma elevada prevalência na mulher adulta. Apenas um terço das pacientes comunicam a IU ao seu médico. É um problema pouco estudado em Portugal. Objectivos: Determinar a prevalência, características e expectativas face ao tratamento de IU nas mulheres com idade = 40 anos. Determinar a proporção que fala sobre o problema ao médico e os motivos para não o fazerem. Verificar se existe associação entre o tipo e a gravidade de IU e a idade. Identificar os factores associados à comunicação da IU ao médico. Tipo de estudo: Observacional, transversal, descritivo com componente analítico. Local: Centro de Saúde da Senhora da Hora, Portugal. População de Estudo: Mulheres com idade =40 anos, inscritas no CS da Sª da Hora. Métodos: Amostra aleatória de 400 mulheres com idade =40 anos, inscritas no CS da Senhora da Hora. Aplicado questionário de auto-preenchimento. Análise estatística: descrição da amostra, teste de 2 (comparação de proporções), regressão logística (factores associados à comunicação). Resultados: Taxa de resposta: 71,75%. Prevalência de IU de 35,2%. Das mulheres incontinentes, 59% consideram este problema como tendo grande importância. Apenas 34,3% consultou algum médico sobre a IU, sendo os motivos mais frequentes para não o fazer o considerar que é normal, fazendo parte do envelhecimento (25%) ou pensar que passaria espontaneamente (23%). Têm maior probabilidade de abordar o assunto com o médico as incontinentes desde há mais tempo e com perdas de maior quantidade de urina. Discussão/Conclusão: A prevalência de IU nas mulheres é elevada. Apenas um terço abordou este problema com o médico. São necessários novos estudos para avaliar os conhecimentos sobre IU e seu tratamento de modo a modificar as atitudes das utentes/médicos face ao problema.

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Publicado

2005-01-01

Como Citar

Moura, B. G. (2005). Incontinência urinária feminina. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 21(1), 11–20. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v21i1.10106

Edição

Secção

Investigação Original

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