Fibrilhação auricular permanente: Apresentação de dois casos clínicos

Autores

  • Daniel Collantes Assistente de Clínica Geral - Centro de Saúde de Portalegre

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v24i4.10529

Palavras-chave:

Fibrilhação Auricular, Anticoagulantes, Terapêutica Farmacológica, Médicos de Família

Resumo

A fibrilhação auricular (FA) é a arritmia mais prevalente em Medicina Familiar, que afecta 1-2% da população geral e 5% da população com idade superior a 65 anos. Os doentes com esta arritmia têm maior risco de mortalidade e de morbilidade, nomeadamente de acidente vascular cerebral (AVC). Neste artigo procura-se reflectir sobre a aplicação das recomendações internacionais na terapêutica da FA à prática do médico de família (MF), sobretudo no que diz respeito à anticoagulação. Para esse fim, são apresentados dois casos clínicos de doentes com FA. Em ambas as situações, eram primeiras consultas com o autor, nas quais se avaliou a adequação da terapêutica instituída e se fizeram ajustes na terapêutica da FA. Expõem-se alguns dados da literatura que serviram para fundamentar as decisões tomadas nestes dois doentes. De acordo com as normas internacionais, o controlo da frequência cardíaca associada à anti-coagulação crónica é a estratégia de actuação na maioria dos doentes com FA. Quando se pretende o controlo da frequência cardíaca, os fármacos de primeira linha são os beta-bloqueadores e os bloqueadores de canais de cálcio. Por fim, porque a anticoagulação oral não é uma terapêutica isenta de risco, existem escalas que categorizam em grupos de risco para eventos tromboembólicos. Estas escalas podem auxiliar na decisão da terapêutica anti-trombótica. Reflecte-se ainda sobre o significado das recomendações internacionais atendendo à especificidade da medicina familiar. O MF, enquanto prestador de cuidados globais e continuados tem um papel privilegiado para aferir se, ao longo de anos de cuidados, a terapêutica da FA se mantém de acordo com a melhor evidência disponível. Por outro lado, ao conhecer o doente e o seu contexto pode, por exemplo, mobilizar a família para o controlo de uma terapêutica que precisa de

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Publicado

2008-07-01

Como Citar

Collantes, D. (2008). Fibrilhação auricular permanente: Apresentação de dois casos clínicos. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 24(4), 485–93. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v24i4.10529