Codificação com a classificação internacional de cuidados primários (ICPC) por internos de Medicina Geral e Familiar

Autores

  • Daniel Pinto Assistente Eventual de Medicina Geral e Familiar - USF São Julião - ACES Oeiras. Assistente Convidado Voluntário - Departamento de Medicina Geral e Familiar - Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa.
  • Susana Corte-Real Assistente de Medicina Geral e Familiar - USF São Julião - ACES Oeiras.

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v26i4.10763

Palavras-chave:

Classificação, Medicina Familiar, Internato Médico

Resumo

Objectivos: Determinar a capacidade de médicos na segunda metade do internato em Medicina Geral e Familiar em Portugal para codificar com a Classificação Internacional de Cuidados Primários - segunda edição (ICPC-2). Tipo de estudo: Transversal, analítico. Local: Zonal Sul de Portugal Continental, Açores e Madeira. População: Médicos internos dos 29.º e 30.º cursos da Coordenação de Internato de Medicina Geral e Familiar da Zona Sul. Métodos: Uma amostra de conveniência de 100 internos foi contactada por correio electrónico, sendo-lhes pedido que codificassem as descrições de três consultas elaboradas pelos autores. A codificação correcta dos motivos de consulta, problemas e procedimentos foi determinada pelos autores em colaboração com um perito nacional em ICPC-2. Procedeu-se a uma análise descritiva da proporção de respostas correctas, falhas de classificação e principais erros de codificação observados. Comparam-se as respostas dos internos com e sem formação prévia em ICPC-2. Resultados: A taxa de resposta foi de 47,0%. Foram classificados correctamente 56,5% dos motivos de consulta, 75,9% dos problemas e 48,8% dos procedimentos. Verificou-se que os internos codificaram frequentemente em excesso situações abordadas na consulta que não constituem motivos segundo a definição da ICPC-2; omitiram frequentemente o código «medicina preventiva/manutenção da saúde» dos problemas e motivos de consulta; e, nos procedimentos, raramente foram codificados os exames médicos completo ou parcial realizados na consulta. Os internos que fizeram formação codificaram correctamente mais motivos de consulta (72,3% vs 55,1%) e problemas (85,0% vs 74,8%). Conclusões: Os internos parecem ser melhores na codificação de problemas do que nos motivos de consulta ou procedimentos. São frequentes erros relacionados com a codificação de actividades preventivas e o exame médico. Os internos que fizeram formação específica na utilização da ICPC-2 tiveram melhores resultados na codificação de motivos de consulta e problemas.

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Publicado

2010-07-01

Como Citar

Pinto, D., & Corte-Real, S. (2010). Codificação com a classificação internacional de cuidados primários (ICPC) por internos de Medicina Geral e Familiar. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 26(4), 370–82. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v26i4.10763

Edição

Secção

Investigação Original

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