Planeamento da gravidez na adaptação à transição para a maternidade de grávidas infectadas pelo VIH

Autores

  • Marco Pereira Investigador de Pós-Doutoramento do Instituto de Psicologia Cognitiva, Desenvolvimento Vocacional e Social da Universidade de Coimbra, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
  • Maria Cristina Canavarro Professora Catedrática da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, Instituto de Psicologia Cognitiva, Desenvolvimento Vocacional e Social

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v28i2.10927

Palavras-chave:

Planeamento familia, Adaptação, Psicológica, VIH

Resumo

Objectivos: Analisar a influência do planeamento da gravidez na adaptação à transição para a maternidade de grávidas infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH), comparativamente a grávidas sem condição médica associada. Tipo de estudo: Observacional, transversal, analítico, com avaliações em dois momentos: segundo trimestre de gravidez e dois a quatro dias após o parto. Local: Hospitais da Universidade de Coimbra: Área de Gestão Integrada de Saúde Materno-Fetal - Unidade de Intervenção Psicológica da Maternidade Doutor Daniel de Matos; Maternidade Doutor Alfredo da Costa (Lisboa). População: Noventa e oito mulheres: 47 grávidas seropositivas para o VIH e 51 grávidas sem condição médica de risco associada. Métodos: A adaptação à transição para a maternidade foi determinada pela aplicação às grávidas de três instrumentos de auto-preenchimento avaliando a sintomatologia psicopatológica (Brief Symptom Inventory), a reactividade emocional (Emotional Assessment Scale) e a qualidade de vida (WHOQOL-Bref). Foi analisada a associação entre a adaptação à transição para a maternidade e o planeamento, ou não, da gravidez, comparando-se esta análise em dois grupos: um de grávidas seropositivas para o VIH e outro de grávidas sem condição médica associada. Na análise foram usados métodos de estatística inferencial, sendo adoptado um nível de significância de 0,05. Resultados: Os resultados obtidos apoiam a hipótese de que a gravidez não planeada se encontra associada a maiores dificuldades de adaptação na transição para a maternidade e, de forma mais acentuada, entre as mulheres infectadas pelo VIH. No pós-parto, a ausência de planeamento da gravidez mostrou-se significativamente associada a maior sintomatologia psicopatológica, maior reactividade emocional negativa e menor qualidade de vida. Conclusões: Os resultados sublinham a importância de considerar o planeamento da gravidez na adaptação à gravidez e, sobretudo, ao pós-parto. Por conseguinte, reforçam também a importância de, por rotina, discutir os planos reprodutivos com as mulheres infectadas, previamente à decisão reprodutiva.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2012-03-01

Como Citar

Pereira, M., Canavarro, M. C., & , . . (2012). Planeamento da gravidez na adaptação à transição para a maternidade de grávidas infectadas pelo VIH. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 28(2), 106–14. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v28i2.10927

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 > >>