Fatores inerentes à realização de trabalhos científicos no ACeS de Gondomar: estudo transversal

Autores

  • Liliana Teixeira Médica Assistente de Medicina Geral e Familiar. UCSP Vale de Cambra, ACeS Aveiro Norte
  • Patrícia Fernandes Médica Assistente de Medicina Geral e Familiar. USF São Miguel Arcanjo, ACeS Vale de Sousa Sul
  • Pedro Azevedo Médico Assistente de Medicina Geral e Familiar. USF La Salette, ACeS Aveiro Norte
  • Sílvia Carvalho Médica Assistente de Medicina Geral e Familiar. USF Alfena, ACeS Maia/Valongo

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v32i5.11885

Palavras-chave:

Medicina Geral e Familiar, Investigação, Cuidados de Saúde Primários

Resumo

Objetivos: A investigação é essencial à afirmação e ao desenvolvimento da medicina geral e familiar (MGF) como disciplina científica. Em Portugal têm sido reconhecidas dificuldades à investigação ao nível dos cuidados de saúde primários (CSP). Pretende-se, com o presente estudo, quantificar a produção científica desenvolvida pelos médicos num agrupamento de centro de saúde (ACeS), bem como identificar os fatores inerentes e motivações para a sua realização. Tipo de estudo: Estudo descritivo, transversal. Local: ACeS de Gondomar. População: Médicos de família e internos de formação específica de MGF. Métodos: Foi realizado um censo de um total de 133 médicos incluídos no estudo, a quem foi entregue um questionário elaborado pelos autores para o efeito. As principais variáveis estudadas foram o número, tipo e forma de divulgação dos trabalhos realizados pelos participantes durante um período de dois anos, bem como a satisfação dos participantes com o número de trabalhos realizados. Foi ainda recolhida informação relativa aos fatores que motivaram a realização dos trabalhos. Resultados: De um total de 79 questionários obtidos (taxa de resposta global de 59,4%), foram reportados 212 trabalhos científicos (média de 2,7 trabalhos por médico), sendo que os internos apresentaram um número médio de trabalhos superior ao dos especialistas (6 e 1,9, respetivamente) e 46,8% dos médicos não realizaram qualquer trabalho. A maioria dos participantes (57%) considerou que o número de trabalhos realizado pelo próprio não foi adequado, sendo que as razões apontadas para tal foram sobretudo a falta de tempo e de horário dedicado à investigação. Conclusão: A dinâmica da especialidade de MGF está em evolução, assim como os CSP. Há ainda um longo caminho a percorrer no que diz respeito às condições de formação das unidades de saúde, assim como incentivos à realização de investigação de qualidade.

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Publicado

2016-09-01

Como Citar

Teixeira, L., Fernandes, P., Azevedo, P., & Carvalho, S. (2016). Fatores inerentes à realização de trabalhos científicos no ACeS de Gondomar: estudo transversal. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 32(5), 304–14. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v32i5.11885

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