Referenciação aos Cuidados de Saúde Secundários Através de um Processo Informatizado.

Autores

  • Hugo Rocha Unidade Local de Saúde de Matosinhos, USF Lagoa
  • Raquel Braga Unidade Local de Saúde de Matosinhos, USF Lagoa
  • Carla Silva Unidade Local de Saúde de Matosinhos, USF Lagoa
  • Sílvia Colmonero Martins Unidade Local de Saúde de Matosinhos, USF Lagoa
  • Sofia Faria Unidade Local de Saúde de Matosinhos, USF Lagoa

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v35i4.12321

Resumo

Objetivos: Em 2003, um estudo realizado em Matosinhos, previamente à informatização do sistema, determinou uma taxa de referenciação hospitalar de 10,1%, com referenciações maioritariamente de qualidade média, e um tempo médio para a marcação de consulta de um a seis meses. Este estudo pretende determinar a taxa de referenciação hospitalar de todos os médicos de família do ACeS de Matosinhos em 2016; avaliar a qualidade das referenciações; analisar os tempos de resposta hospitalar. Tipo de estudo: Estudo transversal, analítico. Local: Unidade Local de Saúde de Matosinhos. População: Referenciações ao hospital de referência em 2016. Métodos: Amostra aleatória simples, representativa da população (n=649). Análise com recurso a estatística descritiva e analítica (ANOVA e correlação de Spearman). Resultados: A taxa de referenciação foi 7,7%. A idade média da população foi 49 anos; 53,7% do sexo feminino. As especialidades mais referenciadas foram Oftalmologia (18,0%), Ortopedia (14,4%) e Cirurgia Geral (9,9%). Da amostra de referenciações, 54,1% tiveram finalidade diagnóstica; 66,3% foram de razoável e 31,1% de boa qualidade; 6,6% foram recusadas, sendo o principal motivo “sem critérios clínicos”; 90,6% foram triadas em 30 dias. A qualidade da referenciação influenciou o tempo de efetivação da consulta (p=0,009). Conclusões: Treze anos após o primeiro estudo verificam-se mudanças: maior transparência; melhoria na identificação e legibilidade da informação das referenciações. Verificou-se uma melhoria da qualidade das referenciações. Houve alterações ao nível das especialidades mais referenciadas, sugerindo que, havendo melhor oferta de cuidados, surge uma maior procura. A informatização da referenciação permitiu maior descriminação dos tempos de espera para efetivação da consulta. Foi possível seguir todo o trajeto de marcação das consultas hospitalares, com monitorização dos tempos de triagem, agendamento e efetivação, embora com limitações inerentes a erros nos processos de agendamento e utilização do ALERT-CTHÒ. Trata-se de um estudo robusto, com validade interna e que cujos resultados podem ser generalizados para outras populações.

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Biografia Autor

Hugo Rocha, Unidade Local de Saúde de Matosinhos, USF Lagoa

- 2007-2013: Aluno do mestrado integrado em medicina da Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ciências Médicas;

-2014: Interno do Ano Comum no Centro Hospitalar Lisboa Central;

- 2015 até presente: Interno da Formação Específica em Medicina Geral e Familiar, ULS Matosinhos, USF Lagoa 

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Publicado

2019-08-05

Como Citar

Rocha, H., Braga, R., Silva, C., Martins, S. C., & Faria, S. (2019). Referenciação aos Cuidados de Saúde Secundários Através de um Processo Informatizado. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 35(4), 285–98. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v35i4.12321

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