TY - JOUR AU - Santos Coelho, Francisco AU - Sampaio Oliveira, Susana PY - 2022/12/30 Y2 - 2024/03/29 TI - Políticas de saúde prioritárias no pós-pandemia: a visão dos profissionais de saúde JF - Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar JA - Rev Port Med Geral Fam VL - 38 IS - 6 SE - Investigação Original DO - 10.32385/rpmgf.v38i6.13451 UR - https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/13451 SP - 595-604 AB - <p><strong>Objetivo:</strong> Conhecer a opinião e a perceção dos profissionais de saúde sobre o impacto da pandemia da COVID-19 na sua prática clínica e identificar as políticas de saúde que consideram ser mais prioritárias para a fase de retoma assistencial pós-pandémica.</p><p><strong>Tipo de estudo:</strong> Observacional, transversal e descritivo.</p><p><strong>População:</strong> Adultos, profissionais de saúde de qualquer área, que tenham estado no ativo durante o ano 2020.</p><p><strong>Métodos:</strong> Colheita de dados através de um questionário divulgado <em>online</em> em diversas plataformas durante a primeira quinzena do mês de julho de 2021. A análise estatística descritiva e inferencial foi feita em <em>Microsoft Excel</em><sup>®</sup> e em <em>GraphPad Prism</em><sup>®</sup>.</p><p><strong>Resultados:</strong> Dos 546 profissionais de saúde que participaram neste estudo, 93% consideraram que a pandemia da COVID-19 teve um impacto importante na sua prática clínica; destes, 65% classificaram esse impacto como elevado. Verificou-se uma diferença estatisticamente significativa para todas as dificuldades laborais sentidas antes <em>vs </em>durante a pandemia. Foi nos cuidados de saúde primários (CSP) que se encontrou a maior taxa de insatisfação laboral no primeiro ano de pandemia. A política de saúde considerada mais prioritária para o pós-pandemia foi a retoma dos rastreios (94,9%), seguindo-se a contratação de profissionais de saúde (94,1%) e a melhoria das remunerações (93,2%). Foram ainda consideradas prioritárias a preparação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para situações equiparáveis a esta pandemia, o reforço das equipas e condições dos CSP e a redução do trabalho burocrático. Por oposição, o investimento em telemedicina foi considerado como a política menos prioritária de todas as listadas, com apenas cerca de 67% dos participantes a considerarem-na relevante.</p><p><strong>Conclusões:</strong> Para os profissionais de saúde, a retoma dos rastreios é a política de saúde mais prioritária a adotar no pós-pandemia. Investir nos CSP é uma necessidade premente e a contratação de profissionais é fundamental.</p> ER -