Profilaxia do tromboembolismo venoso em viagens de longa duração

Autores

  • Rita Ferreira Médica Interna de Medicina Geral e Familiar. USF das Ondas
  • Margarida Moreira Médica Interna de Medicina Geral e Familiar. USF das Ondas
  • Luís Gomes Médico Interno de Medicina Geral e Familiar. USF Esposende Norte
  • Cristiana Martins Médica Interna de Medicina Geral e Familiar. USF das Ondas

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v31i5.11584

Palavras-chave:

Trombose Venosa, Profilaxia, Viagens de Avião

Resumo

Objetivo: O tromboembolismo venoso (TEV) pode resultar em morbilidade significativa e mortalidade. As viagens de avião foram associadas a uma probabilidade três vezes maior de TEV. Na era da globalização, o médico de família deverá desempenhar um papel no aconselhamento e prevenção deste problema de saúde. O objetivo deste trabalho foi rever a evidência sobre medidas de profilaxia de eventos tromboembólicos relacionados com viagens de avião de longa duração. Fontes de dados: MEDLINE, National Guideline Clearinghouse, Guidelines Finder, Canadian Medical Association Practice Guidelines Infobase, Scottish Intercollegiate Guidelines, The Cochrane Library, Clinical Evidence, DARE, Bandolier, Direção-Geral da Saúde e Sociedade Portuguesa de Medicina Interna. Métodos de revisão: Foram pesquisadas normas de orientação clínica (NOC), revisões sistemáticas (RS), metanálises e estudos originais publicados entre 2004 e 2014, utilizando as palavras-chave venous thrombosis, prevention and control e air travel. Para avaliação dos níveis de evidência e atribuição das forças de recomendação foi usada a escala Strength of Recommendation Taxonomy (SORT), da American Academy of Family Physicians. Resultados: Foram encontrados 121 artigos, tendo sido selecionados 12: sete NOC e cinco RS. A maioria dos artigos incluídos sustenta a importância da avaliação individualizada do risco de TEV antes de uma viagem longa de avião. Medidas gerais são recomendadas à maioria da população (SORT C). As meias de compressão elástica devem ser utilizadas em pessoas com fatores de risco prévios (SORT B). Não obstante, a profilaxia farmacológica deve ser reservada para doentes de alto risco, com recurso a heparina de baixo peso molecular (SORT C). O uso de ácido acetilsalicílico não está recomendado (SORT B). Conclusões: Os dados encontrados são limitados pela metodologia dos estudos. Deste modo, até estarem disponíveis estudos metodologicamente adequados, a decisão quanto a profilaxia em viagens longas deve ser considerada numa base individual.

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Publicado

2015-09-01

Como Citar

Ferreira, R., Moreira, M., Gomes, L., & Martins, C. (2015). Profilaxia do tromboembolismo venoso em viagens de longa duração. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 31(5), 314–24. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v31i5.11584

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