Eficácia e segurança do tramadol em indivíduos com ejaculação prematura: uma revisão baseada na evidência

Autores

  • Isabel Machado Médica interna de Medicina Geral e Familiar. USF do Minho, ACeS Cávado I – Braga.
  • Helena Machado Médica interna de Medicina Geral e Familiar. USF Pró-Saúde, ACeS Cávado II – Gerês/Cabreira
  • Sara Domingues Médica interna de Medicina Geral e Familiar. USF Pró-Saúde, ACeS Cávado II – Gerês/Cabreira

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v33i6.12300

Palavras-chave:

Tramadol, Ejaculação prematura

Resumo

Objetivos: A ejaculação prematura (EP) é a disfunção sexual masculina mais frequente e a sua prevalência ronda os 20-30%. Nos últimos anos, várias alternativas farmacológicas têm sido usadas no tratamento da EP. Um dos tratamentos usados, on demand, que recentemente mostrou ser promissor no tratamento da EP primária é o tramadol. Contudo, há estudos que demonstram resultados inconsistentes relativamente ao seu uso. Assim, este estudo teve como objetivo rever a evidência mais atual sobre a eficácia e a segurança do uso do tramadol no tratamento da EP. Fontes de dados: National Guideline Clearing House, NICE, Canadian Medical Association Practice Guidelines, DARE, Cochrane, PubMed e TRIP Database. Métodos de revisão: Pesquisa de metanálises (MA), revisões sistemáticas (RS), estudos observacionais e normas de orientação clínica/guidelines baseadas na evidência (NOC), publicadas em português, espanhol e inglês, utilizando os termos MeSH tramadol e premature ejaculation. Foi utilizada a escala Strength of Recommendation Taxonomy (SORT) da American Academy of Family Physicians para atribuição dos níveis de evidência e forças de recomendação. Resultados: Foram obtidos 56 artigos e, destes, sete cumpriram os critérios de inclusão: duas NOC, quatro MA e uma RS. A maioria dos estudos revelou que o uso do tramadol é efetivo relativamente ao placebo, mas não quando comparado coma paroxetina. Porém, as diferentes metodologias aplicadas nos vários estudos contribuíram para a heterogeneidade dos resultados, diminuindo a firmeza das conclusões obtidas. Conclusão: Perante a evidência disponível, esta revisão permitiu-nos concluir que a utilização do tramadol no tratamento da EP apresenta evidência limitada (Força Recomendação B). Serão necessários estudos futuros de elevada qualidade,envolvendo um maior número de indivíduos e com critérios de inclusão semelhantes e uniformização dos outcomes avaliados, de forma a obter conclusões sustentadas sobre o uso de tramadol a longo prazo.

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Publicado

2017-11-01

Como Citar

Machado, I., Machado, H., & Domingues, S. (2017). Eficácia e segurança do tramadol em indivíduos com ejaculação prematura: uma revisão baseada na evidência. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 33(6), 394–400. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v33i6.12300