Rastreio da infeção por Chlamydia trachomatis: sim ou não?

Autores

  • Daniela Sofia Abreu Silva ACeS Madeira - Centro de Saúde do Bom Jesus http://orcid.org/0000-0002-2584-0124
  • Francisco Macedo ACeS Madeira - Centro de Saúde do Bom Jesus
  • Dolores Quintal ACeS Madeira - Centro de Saúde do Caniço

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v38i1.13190

Palavras-chave:

Infeções por Chlamydia, Infertilidade, Doença inflamatória pélvica, Gravidez ectópica, Programas de rastreio

Resumo

A infeção por Chlamydia trachomatis é a infeção sexualmente transmissível bacteriana mais comum no mundo. Habitualmente é assintomática, mas pode conduzir a graves consequências, em especial no sexo feminino, como doença inflamatória pélvica, infertilidade, gravidez ectópica e dor pélvica crónica. A prevalência global é de 3,8% nas mulheres, sendo a maioria dos casos entre os 15-24 anos. O diagnóstico é feito com testes de amplificação de ácidos nucleicos. Diversos países já dispõem de programas de rastreio desta infeção, com benefício comprovado na redução da prevalência e das complicações reprodutivas. Em Portugal é uma doença de notificação obrigatória, mas não existem recomendações formais que orientem o seu diagnóstico e tratamento. O médico de família tem um papel determinante na prevenção e atuação nas infeções sexualmente transmissíveis. Este trabalho pretende rever as recomendações internacionais e sublinhar os benefícios do rastreio da infeção por Chlamydia trachomatis.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografias Autor

Daniela Sofia Abreu Silva, ACeS Madeira - Centro de Saúde do Bom Jesus

Médica Interna de Formação Específica de Medicina Geral e Familiar, ACeS Madeira - Centro de Saúde do Bom Jesus

Francisco Macedo, ACeS Madeira - Centro de Saúde do Bom Jesus

Médico Assistente de Medicina Geral e Familiar, ACeS Madeira - Centro de Saúde do Bom Jesus

Dolores Quintal, ACeS Madeira - Centro de Saúde do Caniço

Médica Assistente Graduada Sénior de Medicina Geral e Familiar, ACeS Madeira - Centro de Saúde do Caniço

Referências

Tang W, Mao J, Li KT, Walker JS, Chou R, Fu R, et al. Pregnancy and fertility - related adverse outcomes associated with Chlamydia trachomatis infection: a global systematic review and meta-analysis. Sex Transm Infect. 2020;96(5):322-9.

Rowley J, Hoorn SV, Korenromp E, Low N, Unemo M, Abu-Raddad LJ, et al. Chlamydia, gonorrhoea, trichomoniasis and syphilis: global prevalence and incidence estimates, 2016. Bull World Health Organ. 2019;97(8):548-62P.

European Centre for Disease Prevention and Control. Chlamydia infection: annual epidemiological report for 2018 [homepage]. Stockholm: ECDC; 2020 Jul 24. Available from: https://www.ecdc.europa.eu/en/publications-data/chlamydia-infection-annual-epidemiological-report-2018

Van den Broek IV, Sfetcu O, Van der Sande MA, Andersen B, Herrmann B, Ward H, et al. Changes in chlamydia control activities in Europe between 2007 and 2012: a cross-national survey. Eur J Public Health. 2016;26(3):382-8.

Miguel LS, Sá AB. Cuidados de saúde primários em 2011-2016: reforçar, expandir – Contribuição para o Plano Nacional de Saúde 2011-2016 [Internet]. Lisboa: Alto Comissariado da Saúde; 2010. Available from: http://pns.dgs.pt/files/2010/08/CSP1.pdf

Ahmadi A, Ramazanzadeh R, Sayehmiri K, Sayehmiri F, Amirmozafari N. Association of Chlamydia trachomatis infections with preterm delivery; a systematic review and meta-analysis. BMC Pregnancy Childbirth. 2018;18(1):240.

Price MJ, Ades AE, Soldan K, Welton NJ, Macleod J, Simms I, et al. The natural history of Chlamydia trachomatis infection in women: a multi-parameter evidence synthesis. Health Technol Assess. 2016;20(22):1-250.

Geisler WM. Diagnosis and management of uncomplicated Chlamydia trachomatis infections in adolescents and adults: summary of evidence reviewed for the 2015 Centers for Disease Control and Prevention Sexually Transmitted Diseases Treatment Guidelines. Clin Infect Dis. 2015;61 Suppl 8:S774-84.

Torrone E, Papp J, Weinstock H. Prevalence of Chlamydia trachomatis genital infection among persons aged 14-39 years – United States, 2007-2012. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2014;63(38):834-8.

Keegan MB, Diedrich JT, Peipert JF. Chlamydia trachomatis infection: screening and management. J Clin Outcomes Manag. 2014;21(1):30-8.

World Health Organization. WHO Guidelines for the treatment of Chlamydia trachomatis [homepage]. Geneva: WHO; 2016. Available from: https://www.who.int/reproductivehealth/publications/rtis/chlamydia-treatment-guidelines/en/

Lewis J, White PJ. Changes in chlamydia prevalence and duration of infection estimated from testing and diagnosis rates in England: a model-based analysis using surveillance data, 2000-15. Lancet Public Health. 2018;3(6):e271-8.

Low N. Screening programmes for chlamydial infection: when will we ever learn? BMJ. 2007;334(7596):725-8.

LeFevre ML. Screening for Chlamydia and gonorrhea: U.S. Preventive Services Task Force recommendation statement. Ann Intern Med. 2014;161(12):902-10.

Committee on Infectious Diseases. Chlamydia trachomatis. In: Kimberlin DW, Barnett ED, Lynfield R, Sawyer MH, editors. Red Book: 2021-2024 Report of the Committee on Infectious Diseases. 32nd ed. American Academy of Pediatrics; 2021. p. 260-6. ISBN 9781610025782

Matos MG, Equipa Aventura Social. A saúde dos adolescentes após a recessão: dados nacionais do estudo HBSC 2018 [Internet]. Cruz Quebrada: Equipa Aventura Social; Faculdade de Motricidade Humana/Universidade de Lisboa; 2018. Available from: https://aventurasocial.com/wp-content/uploads/2021/12/publicacao_1545534554.pdf

Downloads

Publicado

2022-03-11

Como Citar

Abreu Silva, D. S., Macedo, F., & Quintal, D. (2022). Rastreio da infeção por Chlamydia trachomatis: sim ou não?. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 38(1), 109–13. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v38i1.13190