Terapêutica subcutânea em cuidados paliativos

Autores

  • Cátia Marques Aluno da disciplina de Medicina Geral e Familiar Faculdade de Medicina de Lisboa
  • Gilda Nunes Aluno da disciplina de Medicina Geral e Familiar Faculdade de Medicina de Lisboa
  • Tiago Ribeira Aluno da disciplina de Medicina Geral e Familiar Faculdade de Medicina de Lisboa
  • Nuno Santos Aluno da disciplina de Medicina Geral e Familiar Faculdade de Medicina de Lisboa
  • Rodrigo Silva Aluno da disciplina de Medicina Geral e Familiar Faculdade de Medicina de Lisboa
  • Ricardo Teixeira Aluno da disciplina de Medicina Geral e Familiar Faculdade de Medicina de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v21i6.10186

Palavras-chave:

Via Subcutânea, Cuidados Paliativos

Resumo

Introdução: A pouca divulgação da via subcutânea (SC) em Portugal contraria a sua importância, necessidade e eficácia em situações específicas, nomeadamente em cuidados continuados e paliativos. Esta via é fundamental na administração de fármacos e de soros (hipodermoclise). O conhecimento das suas principais características e da sua relevância é essencial para que os Médicos de Família assumam a responsabilidade dos cuidados aos doentes em fase terminal, até no momento da sua morte. Objectivos: Determinar a taxa de utilização da via SC em Cuidados Paliativos; Caracterizar as patologias, indicações, tipos de terapêutica e complicações associadas ao uso da via SC. Tipo de estudo: Estudo transversal, descritivo. Local: Equipa de Cuidados Continuados, Centro de Saúde de Odivelas. População: Todos os doentes em cuidados paliativos, no período de 1 a 30 de Junho de 2004. Métodos: Os autores fizeram uma revisão de processos clínicos da população de doentes em cuidados paliativos (N=348). As variáveis estudadas foram: uso de terapêutica SC, sexo, idade, patologias e indicações, tipo de terapêutica subcutânea, forma de administração e complicações. Resultados: A proporção de doentes a realizar terapêutica SC foi 3,45%. As principais patologias neste grupo de doentes foram as neoplasias (41,67%) e a doença vascular cerebral (41,67%). A principal indicação foi a agonia (50%). A hipodermoclise foi usada em 41,67% dos doentes e a administração exclusiva de fármacos em 58,33%. A butilescopolamina foi o fármaco mais utilizado (66,67%). Os fármacos foram sempre administrados em bólus e a hipodermoclise sob a forma de infusão contínua. Não foram encontradas complicações. Conclusões: A utilização desta via em cuidados paliativos é baixa, tendo ainda uma dimensão incompatível com os seus benefícios.

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Publicado

2005-11-01

Como Citar

Marques, C., Nunes, G., Ribeira, T., Santos, N., Silva, R., & Teixeira, R. (2005). Terapêutica subcutânea em cuidados paliativos. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 21(6), 563–8. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v21i6.10186

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