NOAC versus AVK: avaliação da qualidade de vida em idosos com fibrilhação auricular nos cuidados de saúde primários

Autores

  • Ana Isabel Morais USF Despertar - ACeS Gondomar
  • Diana Pinto USF São Pedro da Cova - ACeS Gondomar
  • Filipe Cerca USF Valbom - ACeS Gondomar http://orcid.org/0000-0002-8515-2892
  • Inês Torres USF Santa Clara - ACeS Póvoa de Varzim / Vila de Conde
  • Maria José Novais USF Santa Clara - ACeS Póvoa de Varzim / Vila de Conde
  • Sara Barbosa USF São Bento - ACeS Gondomar
  • Telma Tavares USF Renascer - ACeS Gondomar
  • Vera Azevedo USF Modivas - ACeS Póvoa de Varzim / Vila de Conde

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v36i1.12703

Palavras-chave:

Fibrilhação auricular, anticoagulação, NOAC, AVK, Qualidade de vida

Resumo

Introdução: A Fibrilhação Auricular (FA) é uma importante causa de morbimortalidade na população idosa. Os anticoagulantes orais assumem-se como eficazes na prevenção do Acidente Vascular Cerebral cardioembólico. Não existe evidência científica que suporte a decisão de escolha entre antagonistas da vitamina K (AVK) e novos anticoagulantes orais (NOAC), baseado no critério qualidade de vida.

Objetivo: Avaliar a qualidade de vida dos utentes com idade igual ou superior a 65 anos diagnosticados com FA não valvular e anticoagulados, seguidos nos Cuidados de Saúde Primários.

Métodos:  Foi realizado um estudo observacional, transversal e analítico que envolveu uma amostra de utentes de sete Unidades de Saúde Familiar. A qualidade de vida foi avaliada usando a escala Duke Anticoagulation Satisfaction Scale. Foram realizadas análises descritivas e inferenciais.

Resultados: Aceitaram participar no estudo 292 utentes. A idade média dos participantes foi de 75,6 anos, sendo 52,1% do género feminino, 92,1% reformados e com baixo nível de escolaridade (81.8% com escolaridade igual ou menor que quatro anos). Observou-se diferença estatisticamente significativa do valor mediano na qualidade de vida, quando comparado o grupo de utentes a realizar terapêutica com NOAC versus grupo de utentes a realizar terapêutica com AVK (p<0,0001). Não se observaram diferenças significativas nas restantes variáveis estudadas.

Conclusão: A qualidade de vida dos utentes com idade igual ou superior a 65 anos, diagnosticados com FA não valvular, é influenciada pela escolha do tipo de anticoagulante (NOAC ou AVK), sendo o NOAC associado a melhor qualidade de vida.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia Autor

Filipe Cerca, USF Valbom - ACeS Gondomar

Licenciado em Bioquimica (U.Porto, 16 valores). Doutorado em Ciências Biomédicas (U.Porto, Área: Imunologia e Microbiologia, Aprovado com distinção). Mestre em Medicina (U. Porto, 15 valores). Autor de 10 publicações internacionais na área de Imunologia e Microbiologia, 4 das quais como primeiro autor. Atualmente, médico interno de MGF na USF Valbom / ACeS Gondomar. Editor principal da plataforma de algoritmos clínicos algoritMD.

Downloads

Publicado

2020-03-03

Como Citar

Morais, A. I., Pinto, D., Cerca, F., Torres, I., Novais, M. J., Barbosa, S., Tavares, T., & Azevedo, V. (2020). NOAC versus AVK: avaliação da qualidade de vida em idosos com fibrilhação auricular nos cuidados de saúde primários. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 36(1), 16–23. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v36i1.12703